terça-feira, 12 de junho de 2012

GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA


            No próximo domingo, dia 25 de novembro de 2012, o Sistema ACAFE/SC estará realizando seu vestibular. Aqui vai um material sobre Geografia de Santa Catarina para os vestibulandos. São informações gerais sobre o estado de Santa Catarina e questões comentadas de vestibulares passados. Aos que vão prestar a prova, boa sorte!

Área: 95.318 km² (1,1% do Brasil e 16,5% da região Sul)
Posição geográfica: entre os paralelos 25º57’ e 29º23’S e os meridianos 48º19’ e 53º50’O
Divisão Administrativa: 293 municípios agrupados em 18 associações de municípios e 20 microrregiões geográficas

Estrutura geológica: embasamento cristalino (pré-cambriano) a nordeste, leste e sudeste; cobertura basáltica (mesozoico) sobre sedimentos antigos (paleozoico) nas áreas centrais em direção oeste; sedimentos recentes na planície litorânea (período quaternário do cenozoico).

Relevo: no litoral estende-se a planície litorânea, mais larga para o sul de Florianópolis e mais estreita no litoral norte; também a Serra do Mar (estrutura cristalina) a partir de Florianópolis; no interior, predomina o planalto sedimentar-basáltico.

Clima: subtropical úmido (mesotérmico úmido); na classificação de Köppen é Cfa (litoral, meio-oeste e oeste), com verões quentes, e Cfb nas áreas mais elevadas do planalto (leste e sudeste), com verões brandos e invernos frios.

Hidrografia: constituída de dois sistemas independentes que têm como divisores de água a Serra Geral (vertente do interior, com os rios Uruguai, Iguaçu, Negro, Canoinhas, Canoas, Pelotas, Peixe e Chapecó) e a Serra do Mar (vertente do Atlântico, com os rios Itajaí, Tubarão, Araranguá, Mampituba e Tijucas)

Vegetação: a vegetação litorânea é constituída de mangues, dunas e restingas; mata atlântica nas encostas da Serra do Mar e variação para mata subtropical na divisa com o RS, no rio Uruguai; mata de araucárias, no planalto; e campos, no meio-oeste e áreas elevadas do planalto (Lages e São Joaquim).

População: 6.249.682 (2010) – menos populoso da região Sul (maior incremento populacional da década na região: 16,68%)

Densidade Demográfica: 65,56 hab/km² - mais povoado da região Sul

Mortalidade Infantil: 23,8 por mil nascimentos vivos (2008)


População urbana: 73% (2000)

População rural: 27% (2000)


Analfabetismo: 7,3%

Expectativa de vida: 70,5 anos

PEA: 54,1% (Terciário – 42,1%; Secundário – 26,1%; Primário – 31,8%)

ATENÇÃO: esses dados são do ano 2000, portanto, as taxas de mortalidade infantil e expectativa de vida devem ter sofrido alteração, com diminuição da mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida, bem como o aumento da população urbana e do setor terciário; já a taxa de analfabetos diminuiu.

Cidades mais populosas: Joinville, Florianópolis, Blumenau, Criciúma, São José, Lages, Itajaí e Chapecó.

Pirâmide etária: caracteriza-se pelo estreitamento da base, alargamento do corpo e aumento da altura, o que determina o predomínio de população adulta, grande número de jovens e pequeno número de velhos, entretanto, as populações que aumentam são a de adultos e de velhos, uma vez que a natalidade/fecundidade está diminuindo.

Povoamento e Colonização: Santa Catarina foi inicialmente habitada por indígenas da nação tupi-guarani, sendo que no litoral viviam os Carijós ou Caripós; nos vales litorâneos, nas encostas do planalto e no planalto viviam os grupos Jê e os Caingangues. A expansão do povoamento do litoral sul partiu da Capitania de São Vicente, sendo que no final do século 17 já havia três núcleos básicos de povoamento: Nossa Senhora do Rio São Francisco (atual porto de São Francisco do Sul, de 1658, no litoral norte), Desterro (atual Florianópolis, de 1662) e Santo Antônio dos Anjos de Laguna (atual Laguna, de 1682). No século 19, ocorreu a imigração europeia. A primeira colônia alemã foi instalada, por iniciativa governamental, em 1829, em São Pedro de Alcântara. Como a colonização oficial teve pouco êxito, foi estimulada a colonização por companhias particulares, cuja administração estava apoiada em fatores econômicos. Colônias de iniciativa privada estabeleceram-se ao longo dos vales dos rios Itajaí-Açu, Itajaí-Mirim e redondezas, dando origem a cidades tipificadas por essa colonização e que, mais tarde, tornaram-se polos de desenvolvimento industrial, como Joinville, Blumenau, Brusque e Jaraguá do Sul. Os primeiros italianos chegaram em 1836 e, novamente a partir de 1875, estabelecendo-se nas áreas próximas de colonização alemã e para o interior do território, normalmente seguindo o vale dos rios. Os imigrantes eslavos, principalmente poloneses, foram a quarta corrente migratória importante em Santa Catarina, estabelecendo-se para o interior. Por fim, a colonização se completa através de fluxos internos de imigrantes de segunda geração (vindos do leste e do Rio Grande do Sul), em direção ao oeste do estado.

Agricultura: há um forte predomínio de pequenas propriedades policultoras. A monocultura é caracterizada pelas plantações de cana-de-açúcar, trigo e soja, entre outros. Os principais produtos são:

  • Milho: estende-se do Vale do rio do Peixe ao extremo-oeste, sendo a produção utilizada também para ração animal.
  • Soja: na mesma região do milho, sendo a exportação pelo porto de Itajaí.
  • Cana-de-açúcar: cultivada no litoral, no centro e no norte do estado.
  • Arroz: no vale do Itajaí e no sul do estado.
  • Maçã: com produção nas microrregiões de Joaçaba (oeste), Curitibanos e Campos de Lages (centro); a maior produção está em São Joaquim e Fraiburgo.
  • Fumo: nas microrregiões de Araranguá e Tubarão (litoral sul) e Rio do Sul (centro-leste).
  • Uva: com áreas de cultivo no sul, Lages e no vale do rio do Peixe.
  • Feijão: na microrregião de Chapecó (oeste) temos a maior produção.

Pecuária: destacam-se a suinocultura, a bovinocultura, a avicultura e a apicultura.

  • Suinocultura: praticada inicialmente com a finalidade de produção de gordura animal (banha), a industrialização da carne ganha força a partir da década de 1960. Desenvolve-se em pequenas propriedades, com mão-de-obra familiar. A modernização da estrutura produtiva leva os produtores a adotarem tecnologias mais modernas de produção, o que eleva a produtividade. Os principais rebanhos estão concentrados nas microrregiões de Concórdia, Xanxerê, Joaçaba e São Miguel do Oeste, todas no oeste, e que perfazem cerca de 80% do efetivo estadual.
  • Bovinocultura: desenvolve-se em pequenas propriedades (pecuária leiteira e tração animal). A produção de carne ainda é insuficiente para a demanda interna, sendo necessária a importação. A pecuária de corte está concentrada nas microrregiões de Campos de Lages, Curitibanos e Canoinhas (área central para oeste), onde estão grandes frigoríficos. As indústrias de laticínios concentram-se nas áreas de pecuária leiteira, principalmente nos vales do Itajaí, no Planalto Serrano e oeste catarinense, também se destacando o sul do estado, cuja produção atende às indústrias locais e o RS.
  • Avicultura: destaca-se no cenário nacional (frangos e perus). Tem crescido a produção nas microrregiões de Joaçaba, Concórdia, Xanxerê, Chapecó e São Miguel do Oeste (todas no oeste catarinense), onde está ligada às pequenas propriedades produtoras de cereais e próximas a importantes indústrias frigoríficas.
  • Apicultura: uma das atividades mais antigas do mundo, com a produção de mel, geleia real, própolis e cera, está concentrada do centro do estado para oeste, destacando-se Lages, Curitibanos e Joaçaba.

Indústria: a influência de imigrantes europeus é decisiva para a industrialização do estado. As primeiras implantações se fizeram a partir de capitais de imigrantes. Entre os anos de 1850-1880, expandiu-se a agricultura diversificada (pequenas propriedades), tentativas de exploração da indústria têxtil e surgimento de indústrias de madeira e açúcar. Entre 1880-1914, surgem as primeiras indústrias têxteis bem-sucedidas, indústrias de laticínios e, com a exploração da erva-mate, as indústrias legadas a este setor. De 1914 a 1945, cresce a indústria têxtil, se dá maior emprego de energia elétrica (dinamizando a produção), desenvolve-se a exploração do carvão (litoral sul, em Criciúma) e crescem as pequenas e médias empresas. No período 1945-1964, surgem novos segmentos industriais, como as indústrias de bens duráveis, como plásticos e minerais não-metálicos e também se desenvolve a indústria alimentar no oeste. É nesse período que se dá a substituição de importações de bens duráveis e o assentamento das bases para o desenvolvimento industrial. A partir de 1970, há uma forte expansão industrial, com o fortalecimento de grupos empresariais locais e expansão tecnológica. A maior industrialização se dá no nordeste do estado, na região de Joinville. Na última década, após uma década perdida, como de resto no Brasil nos anos 1980, onde houve endividamentos e sucateamento industrial com a retração de mercados, há crescimento da economia do estado através de investimentos tanto internos como externos na infraestrutura e na própria estrutura produtiva, primeiro em razão da globalização, depois devido à guerra fiscal entre as unidades federativas do país.

A BMW anunciou a instalação de uma montadora no estado no dia 22/10/2012, no norte, no quilômetro 65 da BR-101, no município de Araquari, vizinho de Joinville.

Extrativismo animal: concentra-se na atividade pesqueira, artesanal e industrial, graças a corrente fria das Malvinas, o que confere ao estado grande produção de pescado, um dos maiores do Brasil.

Extrativismo mineral: maior produtor de carvão do Brasil, as reservas e a exploração se dão nas áreas do sul, na região carbonífera, com destaque para os municípios de Criciúma, Içara, Siderópolis e Lauro Muller. Além do carvão, o solo catarinense tem outros minerais como a fluorita. Principal fonte comercial de flúor, as reservas são as mais importantes do país, onde se destacam municípios dos sul do estado.

Extrativismo vegetal: ocorre com maior intensidade nas regiões do planalto de Canoinhas, meio-oeste e no vale do rio do Peixe. Nas décadas de 1940-1960, foi o principal produtor de madeira do país, mas, devido ao intenso desmatamento, notadamente da mata de araucárias, esta atividade declinou. Ainda assim, é um dos maiores produtores nacionais de madeira, principalmente em tora e lenha, destacando-se a produção em Joaçaba, Xanxerê, Curitibanos, Rio do Sul e Ituporanga. Também é importante a erva-mate nas áreas do planalto para o oeste.

Transportes: quanto às rodovias, elas concentram praticamente o transporte de pessoas e de cargas, estando as mesmas distribuídas em rodovias federais (DNER), estaduais (DER/SC) e municipais, a cargo das prefeituras. As BRs longitudinais que cortam o estado são: BR-101, no litoral; BR-116, cortando o planalto central do estado; a BR-153, cortando o meio-oeste. A principal BR transversal é a BR-282, que juntamente com a BR-470 (de ligação), ligam o litoral ao oeste. O transporte aéreo evoluiu, devido ao aumento do número de passageiros e volume de cargas. Dos 27 aeroportos do estado, três operam jatos comerciais: Florianópolis, Joinville e Navegantes, sendo que no da capital operam os voos internacionais, principalmente de países platinos. Quanto ao transporte ferroviário, as principais ferrovias foram implantadas no final do século 19. Três troncos ferroviários principais cortam o estado: dois no sentido norte-sul e um no sentido leste-oeste, demandando o porto de São Francisco do Sul. No sul do estado, um ramal ferroviário liga a zona de produção de carvão às usinas termoelétricas e ao porto de Imbituba. Por fim, o transporte marítimo é feito principalmente através dos portos de São Francisco do Sul, Itajaí e Imbituba. Os portos estão integrados ao Sistema Portuário e Hidroviário Nacional e estão sob a concessão da Empresa de Portos do Brasil S/A – Portobrás. Por seus equipamentos e localização, Imbituba tende a tornar-se o polo de sustentação da indústria siderúrgica no sul do país. São Francisco do Sul e Itajaí, portos de comércio por excelência, são vias de escoamento da produção estadual e corredores naturais das exportações do norte da Argentina e do Paraguai.

ALGUMAS QUESTÕES SOBRE SANTA CATARINA NA ACAFE


01. O jornal “Diário Catarinense”, de 22/08/2002, alerta em reportagem que “El Niño está previsto no clima de Santa Catarina”.
O mapa abaixo, incluso na reportagem, ilustra esse fenômeno.
  
  
Sobre o mapa é possível concluir que:
A) A frente fria, proveniente do Sul do continente, indicada pelas setas, empurra El Niño para o Norte e Nordeste brasileiros, provocando cheias violentas em todo o Sertão nordestino.
B) O El Niño consiste no resfriamento das águas superficiais do Oceano Atlântico, entre a costa peruana e australiana, cujas conseqüências são sentidas através das chuvas no Sul do Brasil.
C) O resultado do comportamento térmico das águas superficiais no Oceano Pacífico não tem apresentado reflexos no clima catarinense e no de outros estados do Centro-Sul do Brasil.
D) A ocorrência de El Niño provoca o surgimento de uma espécie de barreira que bloqueia a passagem das frentes frias, responsáveis pelas chuvas no Estado de Santa Catarina.
E) As mudanças climáticas decorrentes da ação de El Niño ficam restritas ao Sul do Brasil, onde a prevenção, por parte dos órgãos públicos e da população, tem evitado o problema das enchentes.

O El Niño ocorre em razão do aquecimento superior à média das águas superficiais do Pacífico leste. Na situação normal (sem El Niño), os ventos tropicais sopram normalmente em direção oeste, empilhando as águas aquecidas no setor oeste do Pacífico, onde há forte movimento ascendente do ar. Já na situação com o El Nino acontece a inversão (enfraquecimento) dos alísios e as águas quentes se dirigem para a costa ocidental da América do Sul. Assim, a subsidência (ar mais seco descendente) está no setor oeste do Pacífico. Havendo inversão dos alísios, eles não empurram as águas aquecidas para oeste e induzem a diminuição da ressurgência. As principais consequências para o Brasil quando há o El Niño são mais chuvas no Sudeste e Sul (superávit hídrico) menos chuvas para as outras regiões, sendo que Nordeste as secas são intensificadas (maior déficit hídrico). Com o La Niña, ocorre o contrário, ou seja,  o resfriamento anômalo do Pacífico e a Intensificação dos alísios e da ressurgência na costa peruana, trazendo tempo seco para o Sudeste/Sul e mais chuvas para o Nordeste. Na figura, vemos que a barreira impede a passagem das frentes frias, que ficam estacionadas, descarregando sua umidade. Isso porque para o sul não penetram as frentes quentes, que também ficam estacionadas. Ora, o encontro de duas frentes é sempre uma área de instabilidade e provoca as chuvas frontais. LETRA D


02.Tempos depois, subindo o Itajaí e avistando o Stadtplatz de Blumenau, outros recém-chegados fizeram anotações sobre o que viram. Os índices populacionais apontam para a situação diversa da dos tempos iniciais. Dez anos depois da fundação, em 1860, a Colônia Blumenau contava com 947 moradores, distribuídos em 190 famílias, com 500 pessoas do sexo masculino e 447 do sexo feminino. Entre as construções particulares, havia 110, bem construídas e cobertas de telhas, algumas se sobressaindo pelo estilo.
Fonte: RENAUX, Maria Luíza. O outro lado da história: o papel da mulher no vale do Itajaí - 1850-1950. Blumenau: FURB, 1995.
Esse pequeno texto assinala a presença de imigrantes europeus no vale do Itajaí-Açu. Sobre a colonização europeia e as alterações subsequentes nessa região do território catarinense, é incorreto afirmar:  

A) A paisagem na área de Blumenau acumula formas construídas em diferentes períodos históricos, expressas pelas casas em enxaimel, pelo traçado urbano ao longo do rio e pela presença de um destacado setor têxtil.
B) Blumenau, a maior e a principal cidade de Santa Catarina, exerce influência em todo o estado catarinense e é responsável pela difusão do modelo ecológico e empresarial extrativista, o setor de maior destaque da sua economia.
C) A colonização europeia no vale do Itajaí-Açu caracterizou-se pela presença de pequenas propriedades policultoras que se diferenciavam de outras partes do Brasil, onde predominava a monocultura em grandes propriedades.
D) A cidade de Blumenau, devido à expansão e destaque da sua economia e ao contingente populacional, comanda a hierarquia urbana no vale do Itajaí-Açu, região de grande significado econômico no Estado catarinense.
E) As alterações provocadas pela intervenção humana na maior bacia hidrográfica da vertente do Atlântico, em Santa Catarina, contribuíram para agravar os efeitos das enchentes, muitas das quais ligadas ao efeito de El Niño.

Como é para marcar a incorreta, dá uma estudada nas outras. A maior é mais importante cidade catarinense é Joinville, polo industrial. Em Blumenau há um importante polo têxtil, além de indústrias mecânicas, metalúrgicas, elétricas e de informática. As principais atividades extrativistas vegetais estão no oeste, com destaque para a madeira e erva-mate. LETRA B

03. Identifique a região de Santa Catarina, destacada no mapa.

Fonte: Atlas Ambiental da Região de Joinville. Florianópolis: FATMA/GTZ, 2002.

Considerando a região destacada no mapa, assinale a alternativa incorreta.
A) A abertura da estrada Dona Francisca no final do século XIX, subindo a serra do Mar, propiciou a expansão da colonização em direção ao planalto Norte e favoreceu o comércio e o beneficiamento da erva-mate, dinamizando a economia regional.
B) A região em foco no mapa apresenta traços característicos de sua colonização luso-açoriana, predominantemente no litoral, e colonização alemã um pouco mais para o interior, sendo que a cidade de São Francisco do Sul constitui o primeiro núcleo de povoamento, fundado no século XVII.
C) A baía de Babitonga, formada entre o continente e a Ilha de São Francisco do Sul, apresenta sérios problemas de poluição decorrentes de esgotos domésticos, rejeitos e efluentes industriais, assim como uso indiscriminado de “defensivos agrícolas” e fertilizantes provenientes de áreas rurais.
D) A fundação da Colônia Dona Francisca em 1851, em terras de propriedade do Príncipe de Joinville e da Princesa Dona Francisca, deu origem à cidade de Joinville, principal centro urbano da região, além de maior polo industrial e colégio eleitoral do Estado.
E) O mapa destaca o litoral Norte de Santa Catarina, cuja formação sócio-espacial é marcada pelo domínio dos campos gerais que possibilitou o desenvolvimento de uma pecuária de exploração extensiva e o surgimento de agroindústrias.

Outra para marcar a incorreta, então já sabe o que fazer. O mapa mostra o extremo nordeste e o litoral norte de Santa Catarina, mais recortado e onde temos a planície litorânea, de formação no Quaternário da Era Cenozoica. Os Campos Gerais estão no planalto, no interior, para oeste da Serra Geral, co o desenvolvimento da pecuária e agroindústrias. LETRA E

04. “Sabemos que Santa Catarina é um estado que se destaca pela pluralidade cultural e geográfica. A população compõe-se por povos de origem portuguesa, alemã, italiana, austríaca, suíça, espanhola, africana, tupi-guarani, francesa, inglesa, norueguesa, russa, etc. Quanto ao espaço físico, há serra e mar, araucária, cerrado e mata atlântica, neve nas montanhas e balneários ensolarados à beira-mar...” FLORES, Maria Bernadete Ramos. Povoadores da fronteira: os casais açorianos rumo ao Sul do Brasil.
Florianópolis: Editora da UFSC, 2000.
Considerando o texto acima, assinale a alternativa incorreta
A) Na diversificada configuração do espaço físico catarinense destaca-se a mata Atlântica, que, apesar de bastante devastada, ainda cobre boa parte das terras do extremo-oeste do estado.
B) A ocorrência de neve está relacionada à ação da Frente Polar Atlântica, aliada às elevadas altitudes de municípios tais como São Joaquim, Urubici e Urupema, localizados no planalto.
C) A mata de Araucária corresponde à formação vegetal dominada pela “Araucária angustifolia”, conhecida vulgarmente como “pinheiro do Paraná”, que cobria originalmente grande parte do planalto catarinense.
D) No espaço físico catarinense destacam-se a serra do Mar e a serra Geral que formam um grande divisor de águas entre os rios que formam a vertente Atlântica e os pertencentes à vertente do Interior.
E) Em Santa Catarina, o litoral é habitado predominantemente por descendentes de açorianos, enquanto os vales fluviais foram colonizados sobretudo por imigrantes alemães e italianos.

Para variar, a incorreta. A Mata Atlântica em sua extensão para o sul, como de resto no Brasil devastada pelas ação antrópica, se estende pelo litoral e já como mata subtropical acompanha a divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina ao longo do rio Uruguai. No extremo oeste, temos a presença de campos. LETRA A

05. Com base no texto apresentado, nos conhecimentos sobre o tema e no mapa da região Sul, assinale a alternativa incorreta.
“(..) Depois, já no século XIX e início do século XX, a chegada de imigrantes europeus deu à região (Sul) algumas de suas características mais marcantes, que ainda hoje contribuem para diferenciá-la do restante do Brasil”.


A) A forma de ocupação desse espaço regional fica evidente na cultura, sobre tudo na alimentação, nas construções e nas festas populares como a Oktoberfest e a Fenarreco, dentre outras, e na organização do espaço agrário, que se diferencia do restante do país.
B) As áreas destacadas no mapa correspondem aos locais onde se instalaram italianos e alemães, letras A e B, respectivamente, responsáveis pelo cultivo de trigo e soja, em grandes propriedades, voltadas para o mercado externo.
C) Os colonizadores europeus introduziram a policultura e a criação em pequenas propriedades, gerando uma matriz cultural cujas raízes permanecem até hoje como traço marcante da região.
D) Os alemães foram os primeiros a chegar, estabelecendo-se em São Leopoldo,no Rio Grande do Sul, em 1824 e São Pedro de Alcântara, em Santa Catarina, em 1829, sendo que neste último estado destacaram-se pela colonização germânica as cidades de Joinville, Blumenau e Brusque.
E) Os italianos instalaram-se no planalto gaúcho, em Caxias do Sul, Garibaldi e Bento Gonçalves, onde dinamizaram a vitivinicultura e em Santa Catarina em Nova Veneza, Criciúma e Nova Trento, sendo esta última, um centro religioso de destaque no estado.

Bom, são questões perfeitas para se estudar Santa Catarina, não acham? A colonização, alemã e italiana, introduziu a pequena propriedade policultora voltada para atender demandas internas, assim como no Rio Grande do Sul. LETRA B

06. Com base nos elementos apresentados no mapa abaixo e nos conhecimentos sobre a realidade catarinense, assinale a alternativa incorreta. 


A) Tubarão, indicada pelo número 1, é importante cidade portuária do Sul do estado, situada nas margens do rio de mesmo nome, com origens ligadas à colonização alemã.
B) No Sul do estado de Santa Catarina, a extração carbonífera foi responsável pelo comprometimento das bacias hidrográficas que cortam a região.
C) A cidade de Florianópolis, indicada pelo número 3, além de centro político-administrativo, destaca-se como polo tecnológico, turístico e educacional.
D) A área hachurada no mapa corresponde à região carbonífera que tem como capital regional a cidade de Criciúma, assinalada pelo número 2.
E) O trecho da BR-101 representado no mapa atravessa a porção sul do litoral catarinense, onde o intenso tráfego de veículos de carga e de passageiros exige, com urgência, a sua duplicação.

Tubarão não é uma cidade portuária e a colonização foi portuguesa. O rio Tubarão, que passa pela cidade, era parte da importante ligação entre o planalto e Laguna, que fica um pouco mais ao norte, no litoral. Sua principal atividade econômica é o comércio. LETRA A
  
07. Observe a tabela abaixo e assinale a alternativa incorreta. 


A) Itapema, município cortado pela BR-101, é a terceira destinação turística de Santa Catarina e sua orla marítima vem passando por um vertiginoso processo de verticalização, provocado pelo crescimento turístico.
B) Balneário Camboriú, que é o maior polo de Santa Catarina, absorveu nos meses de janeiro e fevereiro de 2002 mais de 20% dos turistas que procuraram o litoral do Estado.
C) Florianópolis, localizada na parte central do litoral catarinense, é a segunda maior destinação turística do Estado, destacando-se pelas heranças da colonização açoriana e pelo rico patrimônio natural.
D) No litoral Sul de Santa Catarina, a praia de Garopaba ganha notoriedade como um dos melhores pontos do litoral brasileiro para a prática do surf e por abrigar as instalações da Mormaii, fabricante de roupas isotérmicas usadas pelos surfistas.
E) O fluxo de estrangeiros, em especial de argentinos, que chega ao litoral catarinense representa mais de 50% do total de turistas recebidos pelo Estado e não é afetado pelas oscilações da política cambial adotada pelo Brasil e pela Argentina.

Questões de interpretação de gráficos e tabelas são imperdíveis.  A variação cambial - que ora favorece o brasileiro comprar na Argentina (como ocorre no momento), ora favorece o argentino gastar mais por aqui, como em outras épocas – explica os fluxos turísticos e comerciais, entenda assim: quando a moeda local está valorizada, aumentam as importações e diminuem as exportações, podendo gerar déficits na balança comercial; quando a moeda está desvalorizada, os produtos internos ficam mais baratos no exterior, então se vende mais e se compra menos, levando a superávits comerciais. E vejam que o fluxo de estrangeiros não chega a 10% do total de turistas recebidos pelo estado. LETRA E

08. Todas as alternativas sobre Florianópolis apresentadas abaixo estão corretas, exceto:
A) A recente expansão urbana de Florianópolis está relacionada ao seu papel de centro político-administrativo e universitário e aos atrativos naturais que, sobretudo no verão, atraem um grande número de turistas.
B) A melhoria da qualidade de vida e a instalação de um vigoroso parque industrial vêm atraindo migrantes de outros estados para Florianópolis, cuja população triplicou no último decênio, tornando-se o município mais populoso do estado.
C) A maior parte da cidade de Florianópolis está situada na Ilha de Santa Catarina, onde o crescimento urbano vem provocando a ocupação de áreas de encostas de morros, de dunas e de mangues.
D) Apesar da expansão urbana horizontal e vertical, a capital do estado de Santa Catarina ainda guarda traços da colonização açoriana em sua configuração sócio-espacial.
E) Na hierarquia urbana catarinense, a cidade de Florianópolis é considerada uma capital regional, assim como Joinville, Blumenau e Lages, dentre outras.

Exceto, incorreta, que falta de criatividade! Joinville é o mais populoso e a base econômica de Florianópolis está no setor tecnológico, comércio, prestação de serviços e turismo, portanto, destaque para o setor terciário. Atividades industriais estão no continente no entorno da cidade, como em São José e Palhoça. LETRA B

09. Acerca da configuração do quadro regional catarinense, a alternativa correta é:
A) Um dos grandes problemas da exploração carbonífera refere-se à poluição ambiental, razão pela qual o setor entrou em decadência, propiciando o desenvolvimento da agricultura local.
B) Na área dos campos de Lages, além da produção de maçãs, voltada ao mercado interno, predomina a indústria têxtil, cuja produção destina-se à exportação.
C) As atividades industriais em Santa Catarina foram implantadas pelos imigrantes europeus que se instalaram no litoral no século XIX, dedicando-se à pesca.
D) A microrregião de Joinville apresenta um dos maiores parques industriais do estado, voltado especialmente ao setor metal-mecânico.
E) O extremo oeste catarinense destaca-se nacionalmente como área produtora de derivados do papel e da celulose, empregando mão-de-obra qualificada.

Aleluia! Marcar a correta. Então vamos ver o que há de errado nas outras. Acho que nenhuma dúvida para a correta. A mineração do carvão não está em decadência, por assim dizer. Continua sendo o maior produtor brasileiro e o carvão catarinense é utilizado após ser misturado com carvão importado. Já a economia de Lages se baseia na pecuária, agricultura e na indústria madeireira e sua cadeia produtiva (produções afins), alem de ser um polo comercial regional. Quanto à maçã, no estado, se destacam São Joaquim e Fraiburgo. Como já vimos, os imigrantes europeus se dedicaram à agricultura. A pesca, no litoral, se desenvolveu com os vicentinos e açorianos (portugueses). No extremo oeste se destaca a agropecuária. LETRA D

10. O espaço geográfico catarinense é bastante diversificado tanto pela natureza quanto pela presença humana.   
Em relação à natureza, Santa Catarina se apresenta:
A) em toda a sua extensão territorial comprometida com a preservação da cobertura vegetal, sobretudo a Mata Atlântica, uma formação pobre em biodiversidade, mas importante para a proteção do solo.
B) predominantemente com altitudes acima de 1.700m como as encontradas na Serra Geral, localizada no Planalto Norte, onde despontam os Morros da Boa Vista, da Bela Vista do Guizoni, da Igreja e o do Campo dos Padres.
C) totalmente localizada na zona temperada do globo e tem as Serras do Mar e Geral como grandes dispersores de águas, com destaque para o rio Itajaí-Açu, na vertente do Atlântico.
D) potencialmente rica para a produção de energia elétrica, principalmente nos rios da Vertente do Atlântico que percorrem regiões planálticas antes de desembocarem no oceano.
E) mais populosa e povoada no planalto, primeira região do estado a ser ocupada, consequência da facilidade proporcionada pela suavidade do relevo e fertilidade do solo.

Santa Catarina está ao sul do Trópico de Capricórnio e ao norte do Círculo Polar Antártico, portanto, na zona temperada sul. Entretanto, em razão da proximidade do trópico, apresenta um clima subtropical úmido, sendo a altitude um fator climático importante. A Mata Atlântica é rica na sua biodiversidade. As maiores altitudes no estado estão nas serras Geral, para o litoral, Irani e Espigão, no centro-norte. Ou seja, são poucos os lugares no estado com altitudes superiores a 1.200 metros. Os principais rios que podem ser aproveitados para produzir energia estão no interior, a partir da Serra Geral para o oeste. Na vertente do Atlântico há o escarpamento e a planície, não se prestando, assim, os rios para a produção de energia. Os primeiros espaços ocupados foram no litoral e é nessa faixa que se concentra a população. LETRA C

 GABARITO

01. D  02.B   03.E    04.A    05.B   06.A    07.E    08.B   09.D   10.C

quarta-feira, 6 de junho de 2012

AS QUESTÕES ÁRABE-ISRAELENSE, PALESTINA E LIBANESA

A questão árabe-israelense 

- Origem do atual Estado de Israel: movimento sionista do século 19, movimento de “retorno à pátria” 
- 1914: 100 mil judeus vivem na Palestina, sob controle inglês, em colônias agrícolas 
- 1917: Lorde Balfour anuncia a formação de um “lar nacional” judaico na Palestina 
- 1922: Liga das Nações aprova a “Declaração Balfour” (fica no papel) 
- Até o fim da 2ªGM crescem os conflitos entre os judeus imigrados e os palestinos, ambos sem país 
- 29/11/1947: ONU aprova a partilha da Palestina que previa a criação de uma Estado judeu (14 mil km²) e um Estado Palestino (11,5 mil km², em Gaza e Cisjordânia); Jerusalém teria status internacional 

1948/49: Guerra da Independência de Israel 
Liga Árabe recusa a partilha e ataca Israel 
Israel vence e amplia em 50% sua área 
Consequências: 
 • Parte do Estado Árabe da Palestina anexado por Israel 
 • Faixa de Gaza sob controle do Egito 
 • Divisão de Jerusalém 
 • Palestinos viram refugiados 
 • Nasser (Egito): política nacionalista com base no pan-arabismo e cooperação com a URSS


Guerra do Suez (1956) 
- Combinação de dois fatores geopolíticos: 
 1. Tensão entre os Estados no Or. Médio 
 2. Decadência das potências coloniais europeias 
- Nasser: apoia Argélia contra a França, nacionaliza Suez (franceses e ingleses eram acionistas, bloqueia o estreito de Tiran (ligação do Mar Vermelho com o Golfo de Aqaba) 
- Israel: apoio franco-inglês, possibilidade de ampliação do território 
 • 29/10: invade o Sinai 
 • 30/10: ultimato franco-inglês para o Egito 
 • 31/10: França e Inglaterra bombardeiam o Cairo e Port Said 
 • 06/11: canal sob o controle dos 3 países 
 • ONU: papel decisivo dos EUA e URSS 
 • 30/10: França e Inglaterra vetam no Conselho 
 • de Segurança proposta dos EUA de retirada de Israel do Sinai 
 • 04/11: URSS ameaça com ataque de mísseis e os EUA com represálias econômicas 
 • 07/11: França e Inglaterra se retiram de Suez 
 • Março/1957: Israel desocupa o Sinai

A Guerra do Suez significou: 
 • Decadência do colonialismo europeu 
 • Ascensão de Nasser como líder terceiro-mundista (mesmo derrotado militarmente) 
 • Israel viu que não basta superioridade militar para resolver problemas de dimensões mundiais 
 • URSS como grande vitoriosa: ocupava militarmente a Hungria, mas as ações franco- inglesas, tipicamente colonialistas, desviaram a atenção do mundo para o fato, o que contribuiu para minimizar a reação ocidental 

Guerra dos Seis Dias (1967) 
 • Nos anos anteriores à guerra, surge a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), Nasser rearma   o Egito e forma com a Síria a República Árabe Unida (RAU) 
 • 1967: Nasser pede para a ONU retirar as forças de paz da área do golfo de Aqaba e em seguida bloqueia o estreito de Tiran e reata com a Jordânia 
 • Israel ataca por ar Síria, Jordânia e Egito, triplica seu território e se consolida em Gaza, Cisjordânia e Golã 
 • Devemos destacar que a guerra era iminente, sendo que os Estados estavam conscientes da mesma. Israel queria aumentar seu território e o Egito buscava como que se vingar da guerra anterior 


Guerra do Yom Kippur (1973) 
- 1970: morre Nasser e Sadat expulsa os soviéticos em 1972 
- Nacionalismo e pan-arabismo substituídos por uma orientação pragmática de rearmamento e reconquista de territórios 
- Israel ignora ONU e coloniza os territórios ocupados 
- 06/10: o Egito ataca e é contra-atacado 
- 22/10: EUA e URSS impõem cessar-fogo; acordos posteriores restabelecem as fronteiras de 1967 

Acordos de Camp David (1979) 
 • Aproximação Egito-EUA 
 • Egito se afasta da Síria pró-soviética 
 • Egito retoma o Sinai mas não Gaza 
 • Síria e Jordânia acusam Egito de traição 
 • Palestinos de Gaza e Cisjordânia protestam 
 • Neutralismo egípcio e divisão dos árabes 
 • Sadat, presidente do Egito é assassinado em uma parada militar 
 • Israel anexa Jerusalém e se mantém em Golã, apesar de resoluções da ONU para que devolva o território para a Síria 

A questão palestina 

- Início do século 20: 1 milhão de árabes na Palestina (contra dominação inglesa e imigração judaica) 
- Formação de Israel: partilha dos territórios palestinos entre Egito, Israel e Jordânia (expulsão da população palestina, os que ficam são considerados cidadãos de segunda classe) 
- Refugiados: não são aceitos nos países árabes como cidadãos (não queriam legitimar as fronteiras de Israel e temiam conflitos entre árabes e árabes palestinos) 
- 1959: surge a Al Fatah, de Yasser Arafat 
- 1964: OLP – Organização para a Libertação da Palestina, contra a existência de Israel e pela formação de um Estado palestino 
- a OLP forma um Conselho Nacional Palestino (parlamento), eleito pelos palestinos dos territórios ocupados, dos campos de refugiados e dos que habitavam em outros países como exilados 
- No seio da OLP estão abrigadas diversas facções com matizes ideológicos diferentes 
- 1973: a Conferência da Cúpula Árabe de Argel reconhecia a OLP como única representante legítima do povo palestino e após dois anos a ONU adota a mesma posição, sendo que a OLP se torna membro observador da Assembleia Geral 
- a ONU vota uma resolução pela criação de um Estado Palestino na Faixa de Gaza e Cisjordânia (um Estado dividido em dois territórios) e condena a política israelense de assentamentos nesses territórios.


- 1982: Israel invade o Líbano; massacres de Sabra e Chatila por milicianos cristãos sob os olhares do exército israelense comandados por Benjamin Netanyahu (atual primeiro-ministro de Israel) e que nada fez para impedir; a OLP derrotada em Beirute recua 
- OLP se divide: Arafat passa a negociar e outra ala quer a solução pelas armas


-1988: Intifada Palestina, movimento de aglutinação das forças palestinas para a criação/reconhecimento do Estado palestino 
- Significou o enfraquecimento da OLP de setores ligados à via militar e reforçou a política de Arafat - Conselho Nacional Palestino renuncia ao terrorismo e aceita a divisão de 1947 proposta pela ONU


Acordos de Oslo (1993/95) 
Governo trabalhista de Rabin inicia diálogo com Arafat em 1992 (para Rabin, a paz só viria com terras para os palestinos, em uma política que foi denominada “Paz com terras”) 
 • Criação da Autoridade Palestina em Gaza e Cisjordânia (1993) 
 • Rabin inicia um processo de retirada de colonos judeus das áreas ocupadas 
 • Rabin é assassinado por radicais de diretia em razão de sua política 
 • Netanyahu, da direita israelense, vence as eleições com a política de “paz com segurança” e acordos regridem 
 • Em 2000, o líder israelense Sharon visita uma mesquita em Jerusalém, ato considerado arrogante e ofensivo pelos palestinos; inicia a segunda intifada 
 • 2002: Israel ocupa territórios palestinos, acua Arafat e dá início à construção do muro na Cisjordânia 
 • 2004: morre Arafat 
 • 2005: Mahmud Abbas é eleito presidente da Autoridade Palestina; Sharon abandona o Likud e funda o Kadima; Israel remove os assentamentos de Gaza e alguns da Cisjordânia 
 • Sharon é afastado devido a um derrame em 2006, enquanto que o Hamas vence as eleições palestinas


A questão libanesa 

- Líbano: ocupação síria até 2005 (os sírios entendiam que o Líbano era um estado artificial, fruto do colonialismo francês) 
- A questão libanesa se confunde com a questão palestina (os palestinos habitam o sul do país) 
- Habitado por cristãos maronitas, católicos, protestantes e ortodoxos gregos, e por muçulmanos xiitas e sunitas 
- 1934: Pacto Nacional para a distribuição do poder político, refletindo a distribuição populacional e religiosa da época 
 • A liderança da Câmara com um xiita 
 • O Primeiro-Ministro deveria ser um sunita 
 • O Presidente um maronita 
- Guerra civil (1975): crescimento da população muçulmana, guerrilheiros palestinos no sul, atentados maronitas contra xiitas - A guerra civil liquidou o país e revelou alianças improváveis (a Síria, por exemplo, aliada da URSS, temendo uma intervenção de Israel se alia aos EUA e expulsa palestinos)