terça-feira, 28 de agosto de 2012

NOTÍCIAS SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL – A REDUÇÃO RECORDE DA BANQUISA E RICHARD MULLER


Em 28 de agosto de 2012 o site www.seuhistory.com veiculou a notícia a seguir.

Degelo no Ártico bate recorde e tendência é que continue é que área continue derretendo
Uma quantidade crítica de gelo no Oceano Ártico derreteu esse ano, chegando a um novo recorde, de acordo com o Centro Nacional de Dados da Neve e do Gelo (da sigla em inglês NSIDC), dos Estados Unidos. De acordo com a instituição, a cobertura de gelo do Ártico chegou a 4,09 milhões de km² e deve encolher ainda mais nas próximas semanas. O recorde anterior é de 4,17 milhões de km², em setembro de 2007. No inverno do hemisfério norte, a água congelada (banquisa) tem uma área de 15,54 milhões de km². Durante o verão acontece um encolhimento da área e depois o gelo aumenta novamente no outono. Por isso, geralmente, o gelo marinho ártico chega à sua extensão mínima em meados de setembro. Porém, para pesquisadores do NSIDC, mesmo que fatores naturais estejam envolvidos neste degelo, o encolhimento recorde está relacionado às mudanças climáticas causadas pela emissão de gases de efeito estufa. Os cientistas acrescentam que está se aproximando o dia em que não haverá mais gelo no Ártico durante o verão. Acredita-se que o gelo na região ajude a controlar as temperaturas do hemisfério norte. Caso haja a perda de gelo, aumentam as chances de secas, enchentes e ondas de calor. Além disso, o gelo também é o habitat de animais como ursos polares. Contudo, este degelo não está ocorrendo apenas no Ártico, mas também em geleiras do Alasca, Canadá e Groenlândia. Veja a foto abaixo.


A foto a seguir está no site www.nasa.gov, no tópico Terra e mostra a extensão da banquisa como deveria estar (linha amarela) e como estava no dia 26/8/2012.


A notícia vem cerca de um mês depois que o cientista Richard Muller, um dos expoentes maiores entre os denominados “céticos do clima”, viesse a público apresentando o resultado de sua extensa pesquisa que constatou a ação humana interferindo no clima do planeta. Ele mesmo admitiu que não esperava que sua pesquisa o levasse a tal conclusão, mas, como cientista, tinha que se render às evidências. Muller é Professor de Física na Universidade de Berkeley e integra uma equipe que há anos realiza pesquisas sobre o clima na Terra e de como as mudanças na temperatura se relacionam com as atividades humanas ou fenômenos naturais como atividades solares e vulcânicas. Segundo os dados da pesquisa e com registros de temperaturas que remontam há 250 anos – os dados da ONU têm 100 anos menos – a temperatura na Terra nesse período aumentou cerca de 2,5°F e, segundo o relatório final, tal aumento é fruto da emissão de gases de efeito estufa, uma vez que a curva de emissão de dióxido de carbono coincide e se ajusta com a curva do aquecimento global A mesma pesquisa traz dados bem mais significativos e preocupantes que os dados da ONU e seu IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) ao afirmar que a maior parte desse aquecimento (0,8°C) se deu nos últimos 50 anos e pode ser atribuído às atividades humanas, sendo que antes de 1956 uma maior atividade solar teria contribuído em parte para o aquecimento do planeta. Mas ressalta a pesquisa que hoje a contribuição das atividades solares é insignificante. Em pesquisas futuras serão também tomados os dados da temperatura dos oceanos, o que contribuirá para tornar mais visível para a humanidade o grave problema do aquecimento global e que são os homens e suas atividades quase que totalmente a causa disso.