segunda-feira, 12 de março de 2012

O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - 2011

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) tem passado por mudanças metodológicas em relação aos anos anteriores. Assim, o Brasil, que tinha, por exemplo, um IDH de 0,813, estando na 73ª posição, em 2011 passou para 84ª posição, com um IDH de 0,718, considerado um IDH alto.

O IDH é composto tem três dimensões - saúde, educação e padrão de vida - e quatro indicadores - Esperança de vida ao nascer, a média de anos de escolaridade e anos esperados de escolaridade e renda nacional bruta per capita. 

O Brasil aparece entre os países considerados de "Desenvolvimento Humano Elevado" (que pode aparecer também como alto), a segunda melhor categoria do ranking, que tem 47 países com "Desenvolvimento Humano Muito Elevado" (acima de IDH 0,793 – muito alto), além de 47 de "Desenvolvimento Humano Médio" (entre 0,522 e 0,698) e 46 de "Desenvolvimento Humano Baixo" (abaixo de 0,510).

No ano passado, o Brasil aparecia classificado como o 73º melhor IDH de 169 países, mas, segundo o Pnud, o país estaria em 85º em 2010, se fosse usada a nova metodologia. Desta forma, pode-se dizer que em 2011 o país ganhou uma posição no índice em relação ao ano anterior, ficando em 84º lugar.

A expectativa de vida é de 73,5 anos. 

Renda per capita de U$ 10,162. 

Quanto à escolaridade, uma criança que entra na escola hoje irá estudar 13,8 anos em média (expectativa de vida escolar), o dobro de quem já estudou e hoje é adulto, mas a escolaridade média é de 7,2 anos. 

O destaque no caso brasileiro é para a renda, que aumentou 40% desde 1980. No mesmo tempo, a expectativa de vida aumentou em 11 anos; a média de anos de escolaridade aumentou em 4,6 anos, mas o tempo esperado de escolaridade diminuiu.

Os países de maior IDH são: Noruega, Austrália, Holanda, Estados Unidos e Nova Zelândia. 

Os países de pior IDH são africanos (em ordem decrescente): Chade, Moçambique, Burundi, Níger e República Democrática do Congo. 

Na América Latina, temos à frente do Brasil o Chile (44º), Argentina (45º), Uruguai (48°), Cuba (51º), México (57º), Panamá (58º), Antígua e Barbuda (60º), Trinidad e Tobago (62º), Granada (67º), Costa Rica (69º), Venezuela (73º), Peru (80º) e Equador (83º). 

Além do valor usado tradicionalmente para indicar o desenvolvimento humano de cada país, o relatório deste ano apresenta novos índices: IDH Ajustado à Desigualdade, Índice de Desigualdade de Gênero e Índice de Pobreza Multidimensional. 

O IDH ajustado à desigualdade faz um retrato mais real do desenvolvimento do país, ajustando às realidades de cada um deles. Com isso, o IDH tradicional passa a ser visto como um desenvolvimento potencial. Levando a desigualdade em conta, o Brasil perde, em 2011, 27,7% do seu IDH tradicional. O componente renda (dentre renda, expectativa de vida e educação) é que mais influi nesse percentual. 

No índice de desigualdade de gênero, o Brasil fica em patamar intermediário quando comparado com os BRICS. O índice brasileiro é de 0,449. A Rússia tem 0,338; a China, 0,209; a África do Sul, 0,490%; e a Índia, 0,617%. 

Já o Índice de Pobreza Multidimensional é uma forma nova, mais ampla, de verificar quem vive com dificuldades. No lugar da referência do Banco Mundial, que considera que está abaixo da linha de pobreza quem ganha menos de US$ 1,15 por dia, o novo índice aponta privações em educação, saúde e padrão de vida. 

Quanto ao Índice GINI, que mede a concentração de renda (quanto mais próximo de 1 maior a desigualdade social) e num universo de 129 países os piores são Colômbia, Haiti e Angola.

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