terça-feira, 17 de dezembro de 2013

SÉRIE DICAS PARA O VESTIBULAR

Dica 1
Uma das formas de se gerar energia é através de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). São usinas de pequeno porte com capacidade geradora de 1 a 30 MW e o seu tamanho não pode ultrapassar 3 km². As vantagens é que são mais baratas de construir e provocam menor impacto ambiental, podendo ser construídas em rios de com baixa vazão, contribuindo para a descentralização da geração de eletricidade. Entretanto, a energia é mais cara porque o fluxo de água pode não ser constante (regiões onde há secas sazonais) e quando das cheias se libera a passagem da água porque a vazão do rio está acima da capacidade geradora das turbinas. Nas hidrelétricas maiores o reservatório opera de modo a diminuir a ociosidade ou desperdício da água, ou seja, o reservatório não permite a regularização do fluxo de água. Algumas PCHs comercializam créditos de carbono para mostrar sua sustentabilidade. Dados mais recentes (2012) dão conta que a energia gerada em PCHs corresponde a 3,39% da energia elétrica gerada no Brasil.

Dica 2
Estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre deslocamento da população brasileira indica a diminuição da migração interna e tendência de permanência ou de retorno de moradores a seus Estados de origem. Em vez da corrida para o Sudeste, que marcou as décadas de 1960 a 1980, a tendência é de deslocamentos entre municípios de um mesmo Estado e queda acentuada nas migrações entre regiões. A última década aponta ainda para mudanças nas correntes migratórias, em que Rio de Janeiro e São Paulo deixam de ser "importadores" e passam a "exportadores" de moradores, enquanto o Espírito Santo desponta como foco de atração de novos habitantes.

Dica 3
Formação do Himalaia

O Himalaia se formou há cerca de 50,5 milhões de anos, portanto, um dobramento moderno, e foi resultado do choque da placa indiana – que migrou para o norte a partir de Gondwana – e a placa euroasiática. A velocidade de deslocamento da placa indiana de cerca de 25 a 30 cm/ano explica a altura do Himalaia, que levou ainda mais 30 milhões de anos para se formar. Onde há hoje a cordilheira havia um oceano e, assim, a composição rochosa do Everest apresenta na parte superior rochas calcárias, logo abaixo há a presença de mármore e o granito aparece nas porções inferiores. Quando do deslocamento da placa indiana, ao encontrar a placa asiática, sua margem norte começou a se dobrar. Se uma rocha é dobrada até o seu limite ela se fratura (falhamento). À medida em que a Índia ia para o norte, houve um fluxo canalizado de magma, isto é, na falha, as rochas eram levadas para o interior da Terra e as rochas derretiam devido à fusão (ação de temperatura e pressão). O movimento convectivo do magma fez com que o material derretido fosse levado para cima, formando o granito. A placa da Índia ainda se move 2,5 cm por ano e entra por baixo da placa asiática, empurrando o Himalaia para cima, mas causa abalos sísmicos na região. O Everest cresce 6 mm/ano e a erosão limita o crescimento (erosão pluvial, devido às monções, e geleiras). O Himalaia e o Planalto do Tibete podem ser entendidos como uma grande caixa d’água e abastecem 1/5 da população mundial.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

SÉRIE DICAS PARA O VESTIBULAR

Dica 4
Veja a questão a seguir sobre escalas:
Num mapa desenhado na escala de 1:15.000.000, a distância entre duas cidades é de 20 cm. Qual é a escala de outro mapa no qual as mesmas cidades distem 4 cm entre si?

(A) 1:7.500.000
(B) 1:40.000.000
(C) 1:5.000.000
(D) 1:75.000.000
(E) 1:20.000.000

Devemos descobrir primeiro a distância real.
Temos D (dist. real) = d (dist. no mapa) 20 cm x E (denominador) 15.000.000 onde
D = 300.000.000 cm ou 3.000 km.
Agora, fazemos a transposição para a nova distância no mapa (4 cm) e teremos a nova escala. Note que a nova distância no mapa é 5 vezes menor que a original, indicando uma redução. O que significa que o denominador foi aumentado na mesma proporção, isto é, 5 vezes. Se antes a escala era 15.000.000, agora será 75.000.000. Aplicando a fórmula vamos comprovar a veracidade. Temos
D (300.000.000) = d (4) x E ou 300.000.000/4 = 75.000.000.
LETRA D

Dica 5
As migrações pendulares são deslocamentos diários de pessoas entre as cidades onde residem e as cidades onde trabalham e/ou estudam. Os boias-frias que vivem nas periferias urbanas em cidades do interior paulista, por exemplo, também realizam esse movimento, no caso entre cidade e campo. Eles são mais intensos em áreas conurbadas e não contribuem para a contagem populacional em Censos.
Hoje, as migrações pendulares se inscrevem entre os principais deslocamentos espaciais das populações no mundo. Segundo o Censo de 2010, no Brasil, elas envolvem hoje mais de 15 milhões de pessoas, mais do que o dobro do que era no Censo anterior.

Dica 6
Segundo o Censo 2010, a população urbana no Brasil era de 160.925.792 habitantes (84,3%) e a rural era de 29.830.007 habitantes (15,7%). Por região temos o seguinte quadro:

REGIÃO SUDESTE (U) 92,9% (R) 7,1%
REGIÃO CENTRO-OESTE (U) 88,9% (R) 11,1%
REGIÃO SUL (U) 84,9% (R) 15,1%
REGIÃO NORTE (U) 73,5% (R) 26,5%
REGIÃO NORDESTE (U) 73,1% (R) 26,9%

domingo, 15 de dezembro de 2013

SÉRIE DICAS PARA O VESTIBULAR

Dica 7
Quanto às REVOLTAS NO MUNDO ÁRABE, te liga no seguinte:

Ditaduras e corrupção
Problemas econômicos (concentração de renda, desemprego, inflação, futuro da população jovem incerta, situação econômica precária)
Ditadores da Tunísia, Egito (foram duas quedas: Mubarak e Morsi, eleito para sucedê-lo, ligado a Irmandade Muçulmana, também deposto) , Líbia (preso e executado) e Iêmem (renunciou) caíram
Situação mais séria na atualidade é na Síria : fuga da população (refugiados na Jordânia e Turquia), fechamento de fronteiras, guerra civil, crise com a Turquia, ataques israelenses a bases de grupos ligados a Al Qaeda, uso de armas químicas e Rússia como principal aliada.


Dica 8
Mapas geológicos mostram a estrutura da crosta terrestre. Mapas geomorfológicos mostram o modelado externo, as feições do relevo. Mapas litológicos (a litologia é uma parte da geologia que estuda as rochas e suas transformações) mostram a distribuição dos tipos de rochas. Mapas mineralógicos mostram a distribuição dos minerais (a mineralogia estuda a natureza e a formação dos minerais). Mapas hipsométricos mostram as diferentes altitudes através de curvas de nível ou de cores. Os mapas pedológicos mostram os solos.

Dica 9
Biodigestores: trata-se de uma forma de energia para uso estritamente local, cuja matéria-prima são resíduos como lixo, esgotos e resíduos vegetais e orgânicos. Quando decompostos em um recipiente sem contato com a atmosfera, produzem um gás semelhante ao gás natural. Muitos ecologistas defendem um maior uso dessa energia, porque ela permite mais descentralização das atividades e o reaproveitamento do lixo de forma produtiva. A China possui mais de 4 milhões de biodigestores e eles são indicados, sobretudo, para as áreas rurais, através do aproveitamento do esterco.

sábado, 14 de dezembro de 2013

SÉRIE DICAS PARA O VESTIBULAR

Dica 10
O P5+1 é um grupo de países que em 2006 juntaram esforços diplomáticos para negociações sobre o programa nuclear do Irã. O termo refere-se aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha, ou seja, China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha. O P5+1 é às vezes referido como E3+3 ou UE3+3, por referência aos três países da União Europeia aí representados.

Dica 11
Ao contrário do petróleo, o carvão não tem origem marinha. Quando de sua formação, há quase participação exclusiva de vegetais superiores, predominando a celulose. O carvão se forma a partir da decomposição de restos vegetais que sofrerão um processo de solidificação em ambientes de pouca oxigenação, o que limita a ação de bactérias aeróbicas.

O maior produtor mundial é a China e é também maior emissora de Gases de Efeito Estufa.

No Brasil, a maior produção está em Santa catarina e as maiores reservas no Rio Grande do Sul, em terrenos sedimentares antigos. O carvão é de baixa qualidade, apresentando alto teor de cinzas na sua queima e deve ser misturado com carvão estrangeiro para melhor aproveitamento em usinas siderúrgicas. É muito utilizado em caldeiras industriais e usinas termoelétricas.

Dica 12

A Comunidade dos Estados Independentes (CEI), que sucedeu a ex-URSS, é formada por 10 países (a Georgia que entrou depois já saiu, o Turcomenistão é membro associado, a Ucrânia participa, mas não é membro oficial e os três países bálticos, Letônia, Estônia e Lituânia nunca integraram a CEI). A Rússia é o país dominante. A CEI é resultante da antiga interdependência entre as antigas repúblicas soviéticas e estabelece hoje uma relação de complementaridade ou cooperação econômica entre Estados soberanos com sedes em Minsk (Belarus). Há uma centralização das forças armadas e o rublo russo é a moeda comum, apesar das tentativas de instituição de moedas locais, o que leva à existência de duas moedas em alguns dos países-membros. Os principais problemas são a questão armamentista, herança da ex-URSS (não há consenso quanto ao controle das armas), conflitos separatistas (como na Chechênia, muçulmana, no Cáucaso, sul da Rússia), a questão da dívida soviética (como dividi-la), crescimento econômico desigual e protestos em países contra a ingerência russa.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

SÉRIE DICAS PARA O VESTIBULAR

Dica 13
Cidades Globais

Centros nervosos da economia mundial, são as metrópoles informacionais e nelas transitam a maior parte do capital que circula pelos mercados financeiros mundiais, como também as informações; são sedes das principais empresas do mundo e as que concentram os serviços especializados para a indústria, como a publicidade, o “marketing”, novos “designs”, a indústria “sem chaminés”.
ALFA++: Nova Iorque, Londres e Tóquio
ALFA+: Chicago, Paris, Dubai, Singapura, Hong Kong, Xangai e Sydney
ALFA: São Paulo, Buenos Aires, Washington, DC, Frankfurt, Los Angeles, Cidade do México, Mumbai
Rio de Janeiro (BETA-), Porto Alegre e Curitiba (Gama-)

Dica 14
UNASUL (União das Nações Sulamericanas)

Declaração de Cuzco (2004)
Pretensões:
- Criar uma zona de livre comércio, mercado comum e união monetária;
- Banco do Sul, com sede em Caracas (Venezuela);
- Sede do Parlamento em Cochabamba (Bolívia) e sede da União em Quito (Equador);
- Livre circulação de pessoas;
- Conselho de Defesa;
- Segurança alimentar;
- Cooperação de infraestrutura;
- Membros: os doze países da América do Sul.

Para se tornar internacional, a UNASUL precisa que seu Tratado Constitutivo seja ratificado por pelo menos nove dos doze Congressos Nacionais dos Estados-membros. Até o momento, houve a aprovação por parte de Argentina, Bolívia, Equador, Guiana, Peru, Venezuela e Chile. A população estimada é de 366 milhões de pessoas e o PIB de US$ 4,2 trilhões. Uma das grandes dificuldades é superar as diferenças econômicas e políticas entre os países-membros, como questões territoriais entre Chile, Bolívia e Peru, as questões energéticas (Brasil x Bolívia, Brasil x Paraguai) e outras questões políticas (FARCs, Venezuela x Colômbia, governos de esquerda).

Dica 15
O Brasil é um país rodoviarista. Percebemos no gráfico abaixo a nítida preferência pelo modal rodoviário em detrimento dos modais ferroviário e hidroviário. O transporte rodoviário tem maior custo porque tem menor capacidade de carga e gasta mais combustível (se impõe para distâncias curtas, ponto-a-ponto), fora a qualidade da infraestrutura que é ruim/péssima, com estradas mal conservadas e pedágio excessivo para o serviço prestado por concessionárias. Este é um dos gargalos da infraestrutura e que tem como consequências, entre outras, a redução da capacidade de escoamento da produção, o encarecimento das mercadorias e menor competitividade no mercado internacional. Entre as causas para tal situação temos a política de privatizações, o sucateamento do setor de transportes com a diminuição de investimentos e a política rodoviarista quando da efetiva industrialização com a instalação de indústrias automobilísticas. Em tempo, há outros dados que colocam o modal rodoviário com 57% de participação, contra 25%, 13% e 5% dos modais ferroviário, hidroviário e aero/dutoviário, respectivamente. Veja que não alterou a ordem dos modais, então, o que é importante é a ordem. Entretanto, a participação dos modais ferro e hidroviário vêm aumentando gradativamente.


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

SÉRIE DICAS PARA O VESTIBULAR

Dica 16
Por decisão da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, foi criada a Região Metropolitana da Serra Gaúcha com Caxias do Sul como município polo. A Constituição de 1988 facultou às Assembleias Legislativas Estaduais o poder de criar Regiões Metropolitanas em seus respectivos estados. Hoje são 61 regiões metropolitanas e 3 RIDE (Região Integrada de Desenvolvimento Econômico), que são Distrito Federal e Entorno (envolvendo DF, GO e MG), Grande Teresina e Petrolina (PE)/Juazeiro (BA). As Aglomerações Urbanas, como a do Nordeste (Caxias do Sul e redondezas), do Litoral Norte (de Torres a Palmares do Sul) e do Sul (Pelotas - Rio Grande e região), no Rio Grande do Sul, são espaços urbanos contínuos onde o processo de conurbação ainda está em formação, ou seja, não há ligação física concreta entre todos os municípios. A instituição de regiões metropolitanas envolve as realidades locais onde os problemas entre as cidades próximas são comuns, o que determina ações comuns de planejamento.

Dica 17
ILHAS DE CALOR


Fenômeno tipicamente urbano. Resulta de poucas áreas arborizadas nas cidades. Concreto e asfalto dificultam a infiltração de águas pluviais e também provocam a elevação das temperaturas. A queima de combustíveis fósseis é fator importante e ocorre em áreas
mais industrializadas e urbanizadas. A verticalização das cidades
bloqueia o movimento dos ventos. A existência de parques urbanos
e praças ameniza essas condições, são as ilhas de frescor. As temperaturas aumentam das periferias para os centros urbanos.

Dica 18
A REVOLUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA


Até a década de 1970, quando se inicia a atual fase de industrialização, marcada pela chamada Revolução Técnico-Científica (RTC), com novos paradigmas, como na organização do trabalho – toyotismo, volvismo, pós-fordismo –, na inovação e na flexibilização* da produção, por exemplo, a base da produção estava assentada no petróleo e nas indústrias pesadas e os fluxos atendiam a essas necessidades. Hoje, os fluxos estão na informação, nos capitais, nas pessoas e nas mercadorias, ou seja, falamos de um espaço de fluxos de ordem global. O capital financeiro e a especulação financeira, que nem sempre gera investimentos produtivos, assumem papel de destaque, interligando as bolsas de valores de todo o mundo e definindo os preços das commodities agrícolas e minerais (índice Dow Jones). Em razão dos avanços tecnológicos em que se baseia a RTC, cria-se um indicador próprio na Bolsa de Nova Iorque, na verdade uma bolsa eletrônica que compreende as indústrias de alta tecnologia, que é o índice NASDAQ (National Association of Securities Dealers Automated Quotations ou Associação Nacional Corretora de Valores e Cotações).

* A flexibilização é uma marca na nova organização do trabalho. A produção flexível está apoiada numa estrutura empresarial que incorpora a pesquisa científica como atividade sistemática e principal; as novas informações devem ser absorvidas na produção com total rapidez. Entende-se ser a produção flexível a fabricação de diferentes mercadorias usando as mesmas máquinas e os mesmos trabalhadores, caracterizando a polivalência, o uso intensivo das máquinas, que diminui o custo de aquisição dos equipamentos e altera a relação com a mão-de-obra, gerando a necessidade de qualificação da mesma; com isso, evitam-se perdas na produção.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

SÉRIE DICAS PARA O VESTIBULAR


Dica 19
SUDÃO DO SUL E MALI

Enquanto parte do Sudão, o SUDÃO DO SUL, independente desde julho de 2011, sofria imposições do governo islâmico sudanês. Região de colonização inglesa, na história recente, a população cristã ou animista do sul enfrentou o norte em duas guerras civis, contra as imposições religiosas. A primeira acabou quando o o norte concedeu autonomia ao sul e a segunda começou quando o norte suspendeu tal autonomia. Em 2005, um acordo de paz foi firmado, garantindo certa autonomia ao sul e a realização de um referendo para decidir sobre a sua independência. O Sudão do Sul é rico em petróleo, mas as refinarias estão no Sudão e também os portos. A economia do país sulino é dependente do petróleo, o que leva a acordos de cooperação econômica com o norte. Como de resto em grande parte da África, o país sofre com a precária infraestrutura e altas taxas de mortalidade.

O MALI foi colonizado pela França. Em março de 2012, houve um golpe de Estado perpetrado por militares insurgentes, insatisfeitos com as medidas governamentais contra a insurgência dos tuaregues no norte do país. O golpe, condenado internacionalmente, enfraqueceu o governo malinês e oportunizou que separatistas tuaregues impusessem a sharia (lei islâmica). Os grupos separatistas são acusados de associação com a Al Qaeda. Eles proclamaram a independência do Azauade, na porção norte do Mali. Em setembro de 2012, o governo do Mali solicitou a ONU ajuda militar para a retomada do norte insurgente, no que foi atendida. Em 2013, a França envia tropas para o país. O Mali é grande produtor de ouro, mas, assim como o vizinho Niger, tem reservas de urânio. Ora, a matriz energética da França é baseada na energia nuclear. Então podemos entender qual o real interesse francês na região.

Dica 20
Infiltração das águas

A infiltração depende da cobertura vegetal (favorecida pelas raízes que abrem caminho para a água descendente no solo e áreas florestadas retardam parte da água que atinge o solo), da topografia (declives acentuados favorecem o escoamento superficial diminuindo a infiltração), da precipitação (distribuição das chuvas, fator decisivo para a recarga da água subterrânea em qualquer tipo de terreno – chuvas bem distribuídas permitem maior infiltração e chuvas concentradas e torrenciais um maior escoamento direto com a taxa de infiltração inferior à de precipitação) e ocupação do solo (urbanização e devastação da vegetação influenciam na quantidade de água infiltrada)

Dica 21
AQUIFEROS GUARANI E ALTER DO CHÃO

De um total de 1,2 milhões de km² do Aquifero Guarani, cerca de 2/3 estão em território brasileiro - GO/MS/MG/SP/PR/SC e RS - e o restante em terras paraguaias, uruguaias e argentinas. Este aquifero, constitui uma reserva estratégica de água de grande pureza, com uma estimativa de 45 mil km³. No Mesozoico, a região onde se localiza o aquífero era um deserto que teve suas dunas cobertas pelo derrame de lavas. O adequado aproveitamento do aquífero requer formulação de acordos internacionais, tendo em vista sua dimensão, sua vulnerabilidade à poluição e os riscos de sua superexploração. A agropecuária é a atividade mais significativa na área de abrangência do aquifero. No Brasil, seu uso é menos intenso no RS (se localiza na porção norte e fronteira oeste do território gaúcho), sendo que no estado paulista a cidade de Ribeirão Preto recorre ao aquifero para seu abastecimento.

Já o aquífero Alter do Chão é exclusivamente brasileiro e se estende pelos estados do PA, AP e AM, com uma área menor que a do Guarani (cerca de 440 mil km²), mas com quase o dobro do volume de água, estimada em cerca de 86 mil km³ e uma profundidade de mais de 500 metros.

A exploração é mais facilitada no Alter do Chão do que no Guarani em razão da acessibilidade. No primeiro, em razão da existência de rochas sedimentares (arenito e argilito) entre a superfície e o manancial, enquanto que no segundo, o basalto resultante dos derrames mesozoicos dificulta o acesso em grande parte do mesmo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

SÉRIE DICAS PARA O VESTIBULAR

Dica 22
Sobre os atuais deslocamentos da população brasileira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica a diminuição da migração interna e tendência de permanência ou de retorno de moradores a seus Estados de origem. Em vez da corrida para o Sudeste, que marcou as décadas de 1960 a 1980, a tendência é de deslocamentos entre municípios de um mesmo Estado e queda acentuada nas migrações entre regiões. Rio de Janeiro e São Paulo deixam de ser "importadores" e passam a "exportadores" de moradores.

Os principais fatores para a diminuição no número de migrantes são a saturação das metrópoles e a melhor distribuição da oferta de emprego. Os dados censitários apontam a continuidade de deslocamento para cidades de médio porte . A motivação das migrações hoje é pela busca por trabalho. Qualidade de vida e menos violência são complementares. Dos anos 80 para cá, houve desconcentração da atividade econômica. O Nordeste passou a segurar população e atrair a migração de retorno.

Assim, intensificam-se os movimentos pendulares e as migrações internas se caracterizam por migrantes de alta escolaridade. Nesse caso, confirma-se a tendência verificada na primeira década do século de que São Paulo e Rio de Janeiro deixam de ser o destino de migrantes de baixa escolaridade.

Dica 23
Preservação e conservação dos solos

- Curvas de nível: plantio em áreas inclinadas, favorece a infiltração da água e reduz o escoamento superficial e a erosão;

- Terraceamento: construção de terraços – planos ou degraus – em áreas de relevo acentuado, favorece a infiltração e reduz a erosão;

- Rotação de culturas: alternância de cultivos em um mesmo campo, evita a exaustão do solo e o uso de insumos químicos;

- Adubação orgânica: consiste em cultivar plantas que depois serão fragmentadas servindo de cobertura até serem decompostas;

- Plantio direto: plantio sobre restos da cultura anterior, sem preparação prévia do solo que só é manejado no momento do plantio, diminuindo custos, impactos ambientais, compactação, erosão e perda de nutrientes, havendo maior controle de plantas daninhas.

 

Correção dos solos
- Calagem: aplicação de calcário em solos ácidos;

- Controle biológico de pragas: uso de agentes biológicos para o controle de organismos prejudiciais;

- Plantio de leguminosas: fixação de nitrogênio ao solo;

- Reflorestamento: recuperação da cobertura vegetal que originalmente recobria o solo.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

FORMAÇÃO DO HIMALAIA

O Himalaia se formou há cerca de 50,5 milhões de anos, portanto, um dobramento moderno, e foi resultado do choque da placa indiana – que migrou para o norte a partir de Gondwana – e a placa euroasiática. A velocidade de deslocamento da placa indiana de cerca de 25 a 30 cm/ano explica a altura do Himalaia, que levou ainda mais 30 milhões de anos para se formar. Onde há hoje a cordilheira havia um oceano e, assim, a composição rochosa do Everest apresenta na parte superior rochas calcárias, logo abaixo há a presença de mármore e o granito aparece nas porções inferiores. Quando do deslocamento da placa indiana, ao encontrar a placa asiática, sua margem norte começou a se dobrar. Se uma rocha é dobrada até o seu limite ela se fratura (falhamento). À medida em que a Índia ia para o norte, houve um fluxo canalizado de magma, isto é, na falha, as rochas eram levadas para o interior da Terra e as rochas derretiam devido à fusão (ação de temperatura e pressão). O movimento convectivo do magma fez com que o material derretido fosse levado para cima, formando o granito. A placa da Índia ainda se move 2,5 cm por ano e entra por baixo da placa asiática, empurrando o Himalaia para cima, mas causa abalos sísmicos na região. O Everest cresce 6 mm/ano e a erosão limita o crescimento (erosão pluvial, devido às monções, e geleiras). O Himalaia e o Planalto do Tibete podem ser entendidos como uma grande caixa d’água e abastecem 1/5 da população mundial.


domingo, 8 de dezembro de 2013

PROVA DA PUC 2014/1 COMENTADA

Questões

11. A questão tem uma pegadinha manhosa. Veja, na afirmativa I está dito que a diferença horária entre as cidades citadas, na ordem em que se encontram (grifo nosso), é de uma hora legal. Portanto, não é entre a primeira, Londres, e a última, Moscou. Se em Londres são 12 horas, por exemplo, em Oslo serão 13 horas, em Sofia serão 14 horas e em Moscou serão 15 horas, havendo uma hora legal entre cada cidade na sequência. O fuso de Londres vai até 7°30’ leste e entramos no fuso de Oslo, que vai até 22°30’ leste (o meridiano central é de 15°E) e temos então o fuso de Sofia, que se estende até 37º30’ leste com meridiano central de 30°E. O fuso de Moscou se inicia em 37°30” leste e seu meridiano central é de 45°E. Todas as cidades são capitais de países europeus. Em não se sabendo dessa informação, com exceção de Londres, todas estão no hemisfério norte e leste, sendo que a mais afastada de Londres é Moscou, que está na Rússia europeia. Para se saber a distância em graus entre dois lugares, se os mesmos estão no mesmo hemisfério se diminui um do outro; se estão em hemisférios diferentes, somam-se os graus dos dois lugares. A terceira afirmativa está errada. A latitude de Moscou é maior que a de Londres em 4°13’. A diferença horária legal entre Londres e Sofia é 2 horas.
LETRA B
 
12. A figura mostra uma elevação com uma altitude máxima de 250 metros e o corte segue a direção noroeste(A)/sudeste(B). É uma elevação porque as altitudes crescem para o centro da figura, sendo que a porção noroeste é mais íngreme porque as isoípsas (linhas que unem pontos de mesma altitude) estão mais próximas. Um divisor de águas ou interflúvio é o ponto mais alto e separa bacias hidrográficas.
LETRA B

13. A fim de colocar a China entre as grandes potências econômicas mundiais, o governo chinês há algumas décadas iniciou um processo de abertura econômica (não política) introduzindo mecanismos capitalistas na estrutura de planejamento estatal, atraindo investimentos diretos de empresas transnacionais. Para tal, ofereceu uma série de vantagens comparativas, como a mão de obra abundante e barata e isenções fiscais. A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço nada tem a ver com isso, mesm o sendo a China a maior produtora de carvão no mundo.
LETRA D

14. No dia 09/08, Porto Alegre está no inverno. Como as temperaturas baixaram, tanto a máxima quanto a mínima, podemos creditar o fato a entrada de uma massa de ar polar. Ora, no Brasil, temos a atuação da massa de ar polar atlântica (marítima) e já temos a resposta. Não existe massa continental atlântica, a não ser que sofra de dupla personalidade a massa de ar.
LETRA A

15. Em geral nascem mais homens que mulheres, mas predominam mulheres na população devido a sua maior expectativa de vida. Normalmente a população masculina é maior até os 30 anos. A redução dos nascimentos se deu à redução da natalidade e não em razão de migrações, qualquer que seja a idade do migrante. Já temos o predomínio de população adulta, mas o número de velhos ainda é menor que o de jovens. Assim, somando-se adultos e jovens temos mais que adultos e velhos. O Rio Grande do Sul foi o estado que menos cresceu no último período intercensitário e isso se reflete no envelhecimento da população e, como já vimos, no predomínio de mulheres.
LETRA D

16. A história geológica se conta de baixo para cima. Assim, o pré-sal fica embaixo e o pós-sal fica em cima, sendo que no meio temos a camada de sal. Entretanto, cuidado, logo abaixo da plataforma temos água, afinal, é em plataforma marítima que se explora o petróleo do pré-sal. Assim, o número 2 indica o pós-sal, o número 3 o sal e o número 4 o pré-sal.
LETRA D

17. Em uma definição bem simples, valor agregado é o valor a mais que bens e serviços adquirem quando de sua transformação no processo produtivo. Certamente, produtos de alta tecnologia apresentam grande valor agregado. Por exemplo, o polietileno tem alto valor agregado tanto pela tecnologia de produção como pela sua condição de reciclagem porque viabilizam a reutilização do produto várias vezes. Os países centrais são os desenvolvidos e que desenvolveram indústrias de alta tecnologia. Portanto, produtos de baixo valor agregado pesam menos na pauta de exportações. Brasil, México e Argentina são exportadores tanto de produtos industrializados como de matérias-prima agrícolas e minerais.
LETRA E

18. Os países africanos são grandes exportadores de produtos minerais, como os citados na afirmativa I. Entretanto, grande parte dos recursos têm sido utilizados para sustentarem guerrilhas e grupos terroristas. Serra Leoa foi arrasada pelo grupo guerrilheiro Frente Revolucionária Unida, financiada pelo comércio ilegal de diamantes. Ou em Angola, com a guerrilha UNITA (União pela Independência Total de Angola), também financiada por diamantes ilegais, enfrentando o grupo governista MPLA (Movimento Popular pela Libertação de Angola) que controlava as áreas petrolíferas. As independências foram políticas e não econômicas, isto é, os países africanos continuaram a ser explorados em suas riquezas sem contrapartida em favor da população. China e EUA são os grandes interessados nas potencialidades africanas.
LETRA C

19. Holístico se refere à totalidade ou de que o todo deve levar em consideração as partes e suas inter-relações. Como sempre, a PUCRS com palavras que não são comuns no dia-a-dia das pessoas. De qualquer modo, resolvia-se a questão sem precisar saber disso. Veja que as duas primeiras obrigatoriamente se referem ao agronegócio, assim como a quarta (ênfase no grande mercado). A quinta diz respeito a uma forma de produção tradicional, típica de um campesinato que vive da subsistência ou da agricultura familiar. O campesinato abrange o entendimento de uma estrutura de produção de base familiar que é dona dos meios de produção e é autônoma ou em parte na gestão da atividade agrícola.
LETRA B

20. A chuva orográfica é a chuva de relevo e ocorre quando o ar encontra uma barreira montanhosa e se eleva, condensando, formando nuvens e precipitando. Isso ocorre nas encostas de barlavento. Os outros problemas são gerados pelas cidades.
LETRA C

quarta-feira, 3 de abril de 2013

IBGE comprova queda da migração no Brasil

(A partir da Agência Estado)

Estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre deslocamento da população brasileira indica a diminuição da migração interna e tendência de permanência ou de retorno de moradores a seus Estados de origem. Em vez da corrida para o Sudeste, que marcou as décadas de 1960 a 1980, a tendência é de deslocamentos entre municípios de um mesmo Estado e queda acentuada nas migrações entre regiões. A última década aponta ainda para mudanças nas correntes migratórias, em que Rio de Janeiro e São Paulo deixam de ser "importadores" e passam a "exportadores" de moradores, enquanto o Espírito Santo desponta como foco de atração de novos habitantes.

Os principais fatores para a diminuição no número de migrantes são a saturação das metrópoles e a melhor distribuição da oferta de emprego. Os dados apontam a tendência de deslocamento para cidades de médio porte (na verdade, isso já é uma realidade). "A principal motivação para a migração é a busca por trabalho. Qualidade de vida e menos violência podem ser complementares. Dos anos 80 para cá, houve desconcentração da atividade econômica. O Nordeste passou a segurar população e atrair a migração de retorno. Pode-se dizer que o País hoje se desenvolve em quase todas as áreas. Com essa mudança no modelo de desenvolvimento, os imigrantes tendem a diminuir", resume o pesquisador do IBGE Antônio Tadeu Ribeiro de Oliveira, um dos autores do artigo "O panorama dos deslocamentos populacionais no Brasil: Pnads e Censos demográficos."

A publicação tem como base o Censo 2000 e as Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (Pnads) de 2004 e 2009. O IBGE pergunta aos entrevistados onde moravam cinco anos antes da data da pesquisa. Também questiona o Estado de nascimento do entrevistado.

O Censo 2000 apontou a existência de 5,1 milhões de migrantes no País. Estimativas com base na Pnad 2004 indicam 4,63 milhões de migrantes naquele ano. Em 2009, o número caiu para 3,24 milhões.

Regiões e Estados

O IBGE destaca a queda no deslocamento da população entre as regiões do País. Em 2000, 3,36 milhões de pessoas viviam em regiões diferentes daquela de origem. Em 2004, esse número caiu para 2,86 milhões e chegou a 2,05 milhões em 2009. "Houve redução nessa migração em que a pessoa percorre muitos mil quilômetros movida pela oferta de trabalho. A tendência é continuar a diminuir", diz Antônio Tadeu.

Na mudança de perfil dos Estados, Rio de Janeiro e São Paulo viveram uma inversão no saldo de migrantes. Enquanto o Censo de 2000 apontava que São Paulo tinha 340 mil imigrantes (moradores vindos de fora do Estado) a mais que emigrantes (paulistas que viviam fora de São Paulo), a Pnad de 2004 apontou 155 mil emigrantes mais que imigrantes. A Pnad de 2009 ainda mostra a tendência de saída dos moradores, porém em menor intensidade: havia 53 mil emigrantes a mais que imigrantes em São Paulo.

O Espírito Santo vai no sentido contrário. O fortalecimento da industrialização na área de minério e siderurgia nos anos 80 foi um fator decisivo para a atração de população, depois do esvaziamento da população nos anos de 1950 e 1960. A tendência é de que o Estado se consolide como atrativo de novos moradores nos próximos anos, graças à expansão do setor de petróleo. O Espírito Santo foi o único Estado que não teve queda no número absoluto de imigrantes entre 2004 e 2009. Além disso, mostrou um forte movimento de permanência dos moradores, redução à metade do número de emigrantes, de 108 mil em 2004 para 54 mil em 2009.

Outros Estados com altos índices de atração de migrantes, segundo a Pnad 2009, são Goiás, Amazonas, Amapá e Santa Catarina. Entre os Estados classificados como "expulsadores" (repulsores seria melhor) de população, embora em intensidade menor que nos anos 60 e 70, estão Bahia e Alagoas.

quinta-feira, 7 de março de 2013

GRUPO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA




Faça como Antonio Benini, Segundo Lugar no ENEM no Rio Grande do Sul.

"Oi, professor! Sei que já passou um tempinho do vestibular (quase um mês) e gostaria de te parabenizar pelo teu trabalho, sério mesmo, tu é incomparável. Sério mesmo, uma qualidade que eu mal sei descrever. Pela primeira vez a Geografia pareceu lógica para mim ahaha (e vou continuar lembrando dela). Eu sinceramente não consigo nem imaginar um professor melhor de Geografia. Muito obrigado por todo o teu trabalho, a tua paciência e atenção nos plantões (várias vezes os erros se repetiam) e por tudo.
Parabéns mesmo por ser tão fantástico.
Abração!
ANTONIO BENINI – MEDICINA – Segundo lugar no ENEM no RS

"A GEOGRAFIA VAI TE APROVAR"


domingo, 13 de janeiro de 2013

PRÉ-PROVA ONLINE DE GEOGRAFIA UFRGS 2013


Aqui vão algumas possibilidades de assuntos para a prova de Geografia de 2013 do Vestibular da UFRGS. Outros assuntos você encontra nesse blog. 

Clique AQUI para baixar o Pré-prova em PDF

Sucesso a todos e sempre coisas boas,
Professor Cajo

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A URBANIZAÇÃO NO BRASIL

Veja esta questão da UFRGS

(UFGRS 2007) Sobre o processo de urbanização brasileiro recente, á correto afirmar que
(A) A concentração das grandes indústrias nas áreas centrais das cidades tem 
aumentado, intensificando-se, com isso, o processo de verticalização em suas áreas 
periféricas.
(B) As grandes metrópoles têm investido intensamente em áreas de lazer, criando a cidade 
informal.
(C) Diretrizes gerais para a política urbana e a execução de políticas municipais de 
desenvolvimento urbano são estabelecidas pelo Estatuto da Cidade, criado em 2001. 
(D) As redes urbanas, com o acelerado processo de urbanização nas últimas décadas,
vêm sendo substituídas pelos centros sub-regionais locais.
(E) As metrópoles nacionais e regionais desaparecem da hierarquia urbana, dando lugar 
às metrópoles locais, devido ao processo de globalização e ao surgimento de muitos 
tecnopolos

Concentração de indústrias nas áreas centrais e verticalização nas áreas periféricas é besteira, assim como investimentos em áreas de lazer criando a cidade informal (a informalidade está ligada aos aspectos marginais da economia urbana, como favelização e mercado informal). Uma rede urbana é um conjunto articulado e hierarquizado entre cidades de tamanhos e funções diferentes, então centros regionais ou sub-regionais fazem parte dessa hierarquia. E na atual fase de globalização temos o surgimento de metrópoles globais. Sendo a rede urbana esse conjunto de cidades de vários tamanhos que estabelecem entre si relações socioeconômicas e políticas, na mesma, há cidades que exercem maior influência sobre as outras caracterizando a hierarquia urbana. A importância das cidades na organização do espaço deriva de sua capacidade de oferecer mercadorias e serviços para um mercado consumidor amplo, maior que o do próprio núcleo urbano. O grau de importância de cada cidade depende da extensão do mercado atingido pelas mercadorias e serviços que distribui. Existem hoje dois modelos para se entender o quadro da hierarquia urbana no Brasil: o modelo industrial e o modelo informacional. O modelo industrial baseia-se na realidade de que as cidades não vivem isoladas umas das outras, necessitando que as mesmas estabeleçam relações e intercâmbio de produtos e de serviços. A hierarquia está associada à dependência dos centros menores em relação aos maiores centros, que oferecem uma economia mais diversificada, maior variedade de mercadorias e de serviços. Assim, os centros maiores exercem maior hierarquia, já que têm a capacidade de coordenar os principais fluxos de mercadorias, de serviços e de capitais, o quer acaba por influenciar as atividades dos centros menores. Segundo esse modelo, a hierarquia urbana brasileira apresenta nove metrópoles (originais de 1973), sendo duas nacionais (São Paulo e Rio de Janeiro) e sete regionais (Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém). No patamar logo abaixo se encontram as capitais regionais (sentido econômico do termo), influenciadas pelas metrópoles com as quais se complementam, e polarizando a rede urbana de regiões menores; sua importância deriva das funções políticas e administrativas no caso de serem também capitais estaduais (sentido administrativo do termo) e por serem importantes centros distribuidores, sendo consideradas metrópoles incompletas. Por fim, no patamar inferior, temos os centros regionais e os centros ou cidades locais; os primeiros têm maior abrangência que os centros locais e oferecem mercadorias e serviços não encontrados nestes; os centros locais atendem às populações locais e rurais vizinhas com mercadorias simples e serviços básicos. O modelo informacional resulta do processo de modernização econômica. O desenvolvimento dos transportes e comunicações reduziu distâncias e possibilitou a desconcentração das atividades econômicas, com a afirmação de novas cidades como importantes espaços de produção e circulação e que são coordenadas a partir de diretrizes estabelecidas nas grandes metrópoles nacionais e mundiais. Segundo esse modelo, São Paulo é considerada metrópole mundial, pois é a partir dela que as atividades realizadas no território nacional são integradas aos principais circuitos da economia internacional. As demais metrópoles passam a ter abrangência nacional. Para o IBGE, hoje existem doze metrópoles plenas: São Paulo, Rio de Janeiro (globais) Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza (nacionais), Belém, Goiânia, Campinas e Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (regionais). A Constituição de 1988 facultou aos estados a instituição de regiões metropolitanas, sendo definidas outras onze denominadas regiões metropolitanas emergentes: São Luís, Natal, Maceió, Vale do Aço (MG), Vitória, Baixada Santista (SP), Londrina, Maringá, Florianópolis, Norte/Nordeste Catarinense e Vale do Itajaí (SC). Considerando-se as regiões metropolitanas brasileiras, as mesmas representam 40,31% da população total do país, sendo que cerca de 30% nas nove metrópoles originais (dados de 2000). Nas regiões metropolitanas plenas há um alto grau de urbanização e a cidade principal, a metrópole, tem mais de 1 milhão de habitantes e variadas funções urbanas. O IBGE usa de dois critérios para caracterizar as cidades próximas à cidade principal como município contíguo ou aglomeração urbana integrada: a cidade deve ter uma densidade demográfica igual ou superior a 60 hab/km² e pelo menos 65% da força de trabalho devem estar empregados em atividades tipicamente urbanas, como a indústria, o comércio e os serviços. Esses critérios excluem a cidade de Manaus da categoria de região metropolitana plena, mesmo que a cidade tenha cerca de 1,5 milhões de habitantes, já que os municípios vizinhos não formam uma aglomeração urbana integrada. Com um grau menor de urbanização, temos as regiões metropolitanas emergentes, cuja cidade principal tem uma população inferior a 1 milhão de habitantes. Entretanto, os critérios de densidade demográfica e ocupação em atividades tipicamente urbanas continuam presentes na caracterização do município contíguo. Por essa razão, Manaus continua fora da classificação de região metropolitana. Entretanto, na última década, temos a afirmação de cidades médias no espaço urbano brasileiro. Alguns autores têm chamado esse processo de desmetropolização. Quando o crescimento transforma as vantagens obtidas para a concentração das atividades em desvantagens, como congestionamentos, leis ambientais, pressão por maiores salários, custo do solo, entre outros, caracterizando limites para o crescimento, temos um processo de desconcentração econômica, onde novos centros urbanos se afirmam. Atualmente, o maior crescimento populacional não está nas grandes metrópoles e sim nas cidades médias do interior. Mas isso não significa diminuição da importância econômica das metrópoles e sim é reflexo de uma nova distribuição territorial do trabalho. Ao mesmo tempo, nas regiões metropolitanas, as metrópoles têm crescido menos do que as cidades a elas conurbadas. Não esqueça que são intensos os movimentos pendulares nas regiões metropolitanas. A resposta correta é LETRA C

domingo, 6 de janeiro de 2013

UFRGS 2013 - DICAS DE GEOGRAFIA


→ Paralelos/Latitude

→ Meridianos/Longitude
 Circunferências completas 
• Semicircunferências de círculos máximos
 Perpendiculares às linhas dos polos
 Convergem para os polos
 Perímetro diminui com aumento da latitude
• Distância linear entre meridianos diminui com aumento da latitude
 Sentido leste-oeste
 Sentido norte-sul
 Infinitos
 Infinitos
 Ponto antípoda: mantém latitude e troca hemisfério
 Ponto antípoda: 180° - longitude dada e troca     hemisfério
 Zonas Geográficas
 Fusos horários

→ Curvas de Nível: É o método mais comum de representar as elevações do relevo. As curvas de nível são linhas (isoípsas) que ligam  ponto ou cotas de igual altitude em intervalos iguais. A escolha do espaçamento ou equidistância das linhas depende  de vários fatores, como escala do mapa, tipo de relevo, etc. As curvas de nível apresentam as seguintes características:
- A equidistância entre as curvas pode ser, de acordo com o caso, de 10, 20, 50 ou 100m;
- As curvas de nível mostram tanto a altitude como o formato do relevo;
- Quando o relevo é muito abrupto, as curvas aparecem no mapa muito próximas umas das outras, caracterizando uma maior declividade; quando o relevo é suave, aparecem mais distanciadas.

→ Aerofotogrametria: permite a elaboração de mapas com base em fotografias aéreas com a utilização de aparelhos  e métodos estereoscópicos, o que possibilita a representação do objeto de estudo em um plano e sua visão em três  dimensões.

→ Sensoriamento remoto: tecnologia de obtenção de informações sobre objetos sem contato físico com eles, através de sensores; do ponto de vista geográfico, as imagens resultantes podem ser usadas para fazer estudos sobre o meio ambiente, recursos hídricos, agricultura, etc; as informações captadas são processadas digitalmente e resultam em imagens com alto grau de precisão.

→ Geprocessamento: é o conjunto de tecnologias que permite a coleta e a análise de informações sobre determinado tema; essas tarefas são executadas pelo sistema GIS (Geographical Information System) ou SIG (Sistema de Informações Geográficas); é um banco de dados computadorizado de informações geográficas, isto é, integra em uma única base informações diversas que se cruzam. 

→ Global Positioning System: o GPS, que é um receptor ligado remotamente a satélites artificiais que permite a localização quase precisa de onde se esteja, permitindo uma melhor orientação.

→ Albedo: É a capacidade de reflexão de um corpo ou superfície (reflexão/incidência);
A Terra reflete 39% da luz solar recebida;
Superfícies claras têm maior albedo (neve) e superfícies escuras um menor albedo (asfalto).

→ Efeito de Coriólis: É a tendência que qualquer corpo em movimento sobre a superfície terrestre tem de mudar seu curso devido à direção rotacional e da velocidade da Terra;
Pela ação do diferencial de pressões, juntamente com o efeito de Coriólis gerado pelo movimento de rotação da Terra, o ar circula das altas para as baixas pressões, em espiral ao longo das lsóbaras, com um desvio no sentido da depressão;
No hemisfério norte o ar circula no Anticiclone (alta pressão) no sentido horário e na Depressão (baixa pressão) no sentido anti-horário, enquanto no hemisfério sul o sentido de rotação se inverte;
O Efeito de Coriólis também é responsável pela circulação oceânica: no hemisfério norte as correntes desviam para a direita (sentido horário); no hemisfério sul o desvio é para a esquerda (sentido anti-horário); 
No anticiclone, o movimento do ar é descendente e se expande na superfície; nas zonas ciclonais o movimento do ar é para cima, concentrando-se na superfície.

→ Margens continentais

• Margens ativas: nos limites convergentes de placas onde ocorrem subducção e falhas transformantes; nestas margens desenvolvem-se importantes atividades tectônicas, como a orogênese (na América do Sul o exemplo de margem continental ativa é a sua costa oeste).

• Margens passivas: desenvolvem-se durante o processo de formação de novas bacias oceânicas quando da fragmentação dos continentes, num processo chamado rifteamento (do termo geológico rift valley – vale de (grande extensão formado a partir de um movimento distensivo na crosta que produz falhas e abatimento de blocos); as costas oeste da África e leste da América do Sul são exemplos de margens passivas, estando situadas ao longo de limites divergentes de placas tectônicas; um exemplo clássico de rifteamento é o que ocorre entre o noroeste africano e a península arábica.

• Anticlinal: parte convexa de uma dobra.

• Sinclinal: parte côncava de uma dobra.

• Horst: bloco elevado em relação às áreas vizinhas por ação do tectonismo.

• Graben: fossa tectônica, depressão que resulta do afundamento relativo de um bloco (em estruturas extensas é designado como vales de rift, como acontece na região do chamado Chifre da África).

→ Ilhas de calor

Fenômeno tipicamente urbano e resulta de poucas áreas arborizadas nas cidades
Concreto e asfalto dificultam a infiltração de águas pluviais e também provocam a elevação das temperaturas;
A queima de combustíveis fósseis é fator importante e ocorre em áreas mais industrializadas e urbanizadas;
A verticalização das cidades bloqueia o movimento dos ventos;
A existência de parques urbanos e praças ameniza essas condições (ilhas de frescor).

→ Antártida

14.000.000 km²;
Cercado pelos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico;
Continente mais meridional e mais seco;
98% cobertos permanentemente por gelo;
Menores temperaturas e alta amplitude térmica;
Maiores altitudes médias;
Rica em minérios;
Maior reserva de água doce;
Tratado Antártico (1959): nenhum país é soberano, continente voltado para pesquisas científicas;
Protocolo de Madri (1991): proibida a exploração econômica dos recursos minerais por 50 anos;
Brasil: Estação Comandante Ferraz (Ilhas Shetland do Sul, realiza pesquisas geológicas e sobre o krill).

→ Formas de organização do trabalho

• Taylorismo
- Separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos;
- Racionalização da produção;
- Controle do tempo;
- Estabelecimento de níveis mínimos de produtividade.

• Fordismo
- Produção e consumo em massa;
- Extrema especialização do trabalho;
- Rígida padronização da produção;
- Linha de montagem.

• Pós-Fordismo/Toyotismo
- Estratégias de produção e consumo em escala planetária;
- Valorização da pesquisa científica e qualificação;
- Desenvolvimento de novas tecnologias;
- Flexibilização dos contratos de trabalho.

• Truste: designa empresas que sob a mesma orientação (uma única organização), sem perda de autonomia, se reúnem para dominar o mercado.

• Cartel: acordo entre empresas independentes para controlar o mercado de determinado produto, eliminando a concorrência (prejuízo à inovação, perda de competitividade).

• Holding: organização econômica que tem sob seu controle as atividades de várias empresas através da aquisição total ou parcial de suas ações.

• Joint Venture: associação econômica de risco entre de empresas que geralmente podem ter nacionalidades diferentes, porém de um mesmo setor, com o objetivo principal de expansão do mercado.

→ Tipos de industrialização

 Países desenvolvidos: clássica, do artesanato à maquinofatura.
 América Latina: substituição de importações com base no crescimento do mercado interno.
 Tigres Asiáticos: industrialização orientada para a exportação (Coreia do Sul, Cingapura, Hong Kong e Taiwan).
 Novos Tigres Asiáticos: seguem o padrão dos Tigres pioneiros (Indonésia, Filipinas, Tailândia, Malásia).