quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

SÉRIE DICAS PARA O VESTIBULAR


Dica 19
SUDÃO DO SUL E MALI

Enquanto parte do Sudão, o SUDÃO DO SUL, independente desde julho de 2011, sofria imposições do governo islâmico sudanês. Região de colonização inglesa, na história recente, a população cristã ou animista do sul enfrentou o norte em duas guerras civis, contra as imposições religiosas. A primeira acabou quando o o norte concedeu autonomia ao sul e a segunda começou quando o norte suspendeu tal autonomia. Em 2005, um acordo de paz foi firmado, garantindo certa autonomia ao sul e a realização de um referendo para decidir sobre a sua independência. O Sudão do Sul é rico em petróleo, mas as refinarias estão no Sudão e também os portos. A economia do país sulino é dependente do petróleo, o que leva a acordos de cooperação econômica com o norte. Como de resto em grande parte da África, o país sofre com a precária infraestrutura e altas taxas de mortalidade.

O MALI foi colonizado pela França. Em março de 2012, houve um golpe de Estado perpetrado por militares insurgentes, insatisfeitos com as medidas governamentais contra a insurgência dos tuaregues no norte do país. O golpe, condenado internacionalmente, enfraqueceu o governo malinês e oportunizou que separatistas tuaregues impusessem a sharia (lei islâmica). Os grupos separatistas são acusados de associação com a Al Qaeda. Eles proclamaram a independência do Azauade, na porção norte do Mali. Em setembro de 2012, o governo do Mali solicitou a ONU ajuda militar para a retomada do norte insurgente, no que foi atendida. Em 2013, a França envia tropas para o país. O Mali é grande produtor de ouro, mas, assim como o vizinho Niger, tem reservas de urânio. Ora, a matriz energética da França é baseada na energia nuclear. Então podemos entender qual o real interesse francês na região.

Dica 20
Infiltração das águas

A infiltração depende da cobertura vegetal (favorecida pelas raízes que abrem caminho para a água descendente no solo e áreas florestadas retardam parte da água que atinge o solo), da topografia (declives acentuados favorecem o escoamento superficial diminuindo a infiltração), da precipitação (distribuição das chuvas, fator decisivo para a recarga da água subterrânea em qualquer tipo de terreno – chuvas bem distribuídas permitem maior infiltração e chuvas concentradas e torrenciais um maior escoamento direto com a taxa de infiltração inferior à de precipitação) e ocupação do solo (urbanização e devastação da vegetação influenciam na quantidade de água infiltrada)

Dica 21
AQUIFEROS GUARANI E ALTER DO CHÃO

De um total de 1,2 milhões de km² do Aquifero Guarani, cerca de 2/3 estão em território brasileiro - GO/MS/MG/SP/PR/SC e RS - e o restante em terras paraguaias, uruguaias e argentinas. Este aquifero, constitui uma reserva estratégica de água de grande pureza, com uma estimativa de 45 mil km³. No Mesozoico, a região onde se localiza o aquífero era um deserto que teve suas dunas cobertas pelo derrame de lavas. O adequado aproveitamento do aquífero requer formulação de acordos internacionais, tendo em vista sua dimensão, sua vulnerabilidade à poluição e os riscos de sua superexploração. A agropecuária é a atividade mais significativa na área de abrangência do aquifero. No Brasil, seu uso é menos intenso no RS (se localiza na porção norte e fronteira oeste do território gaúcho), sendo que no estado paulista a cidade de Ribeirão Preto recorre ao aquifero para seu abastecimento.

Já o aquífero Alter do Chão é exclusivamente brasileiro e se estende pelos estados do PA, AP e AM, com uma área menor que a do Guarani (cerca de 440 mil km²), mas com quase o dobro do volume de água, estimada em cerca de 86 mil km³ e uma profundidade de mais de 500 metros.

A exploração é mais facilitada no Alter do Chão do que no Guarani em razão da acessibilidade. No primeiro, em razão da existência de rochas sedimentares (arenito e argilito) entre a superfície e o manancial, enquanto que no segundo, o basalto resultante dos derrames mesozoicos dificulta o acesso em grande parte do mesmo.

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